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“O DIA DAS MÃES”; por Misael Nóbrega

O dia das mães é de tristeza. Quando somos adotados pelo mundo, deixamos de visitá-la. O vazio toma conta dos cômodos e, impiedosamente, do seu coração.

12/05/2023 às 18h58
Por: Daniel Almeida Fonte: Misael Nóbrega
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“O DIA DAS MÃES”; por Misael Nóbrega

O dia das mães é de tristeza. Quando somos adotados pelo mundo, deixamos de visitá-la. O vazio toma conta dos cômodos e, impiedosamente, do seu coração.

 

Em meio a esse abandono coletivo, as desculpas que a vida inventou. Mas, para qualquer situação ela tem sempre uma palavra de reconforto. 

 

Por mais que a vida obrigue, a mãe não empurra o filho do ninho. Há quem diga que essa superproteção gera adultos ansiosos e indecisos. Talvez por isso nunca deixamos de ser "meninos". Que seja! Cada um que lute!

 

O presente chega pelo correio junto com um cartão postal. E mesmo de ouro, incenso ou mirra não vale o que ela abdicou. Para o filho, a remissão está naquele embrulho. Para ela, não há lembrança maior que a dele. 

 

Em toda a trajetória de filho ausente, as orações de mãe nos acompanham como um vínculo Santo. E se existir em nossa imperfeição uma  centelha de dignidade, que nos dediquemos mais a essas Marias concebidas. 

 

Será também por meio de nosso arrependimento que, feito Elias, o fiel, Deus receberá todas as mães lá no céu. 

 

E, assim, quando os anjos vierem buscar os seus espíritos, deixarão aqui na terra ossos e pele.. -  Para que nós soframos com o remorso de não saber ser filho, e por nossa própria penitência.

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